Resumo
Em nossa análise, buscamos refletir sobre as estratégias empregadas na tradução da obra Las travesuras de Naricita a partir de uma perspectiva ecotraducional. Isso permite que leitores infantojuvenis chilenos se aproximem, pela primeira vez, de alguns dos textos clássicos incluídos na antologia, que apresentam elementos diversos da natureza brasileira que moldam a experiência das personagens das narrativas de Lobato. Ao examinar alguns elementos da flora e fauna nativas da geografia brasileira, podemos nos aproximar de uma perspectiva "ecoética" sobre a tradução de literatura infantojuvenil. Sem o objetivo de questionar práticas tradicionais de tradução literária destinadas a esse público, neste artigo destacamos as estratégias estrangeirizantes empregadas no projeto tradutório chileno, que buscou preservar aspectos culturais que compõem uma experiência brasileira única e insubstituível. As reflexões desenvolvidas neste trabalho são sustentadas teoricamente por postulados de Antoine Berman e Michael Cronin, entre outros.
Referências
Albieri, Th. (2009). São Paulo-Buenos Aires- trajetória de Monteiro Lobato na Argentina. 318 p. [Tesis de Doctorado]. http://www.repositorio.unicamp.br/handle/REPOSIP/270113
Badenes, G. & Coisson, J. (2015). Ecotranslation: A journey into the wild through the road less travelled. En 3rd GLOBAL ACADEMIC MEETING, GAM 2015, 17-19 September, New York, USA (pp. 356-368). European Scientific Institute. https://rdu.unc.edu.ar/bitstream/handle/11086/29329/Global_academic_meeting_2015.pdf?sequence=1&isAllowed=y
Berman, A. (2014). La traducción y la letra o el albergue de lo lejano. Dedalus.
Benjamin, W. (2002). The Task of the Translator. En M. Bullock & M. Jennings (Eds.), Selected Writings (Vol. 1, pp. 253-263). Harvard University Press.
Britto, P. (2010). O tradutor como mediador cultural. Synergies Brésil, (2), 135-141. https://gerflint.fr/Base/Bresil_special2/britto.pdf
Camargo, L. (2008). A imagen en la obra lobatiana. En M. Lajolo & J. Ceccantini (Eds.) Monteiro Lobato: Livro a Livro. Obra infantil (pp. 33-50). Editora UNESP; Imprensa oficial de São Paulo.
Coutinho, F. (2020). Travesura de Naricita: Ecoficción a la brasileña. En Las travesuras de Naricita. (pp. 111-115). Ediciones Universidad Católica de Chile.
Cronin, M. (2017). Eco-translation: Translation and Ecology in the Age of the Anthropocene. Routledge.
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA). (2015). Valor nutricional da Jabuticaba. [Panfleto]. CONSERVABIO.
Goellner, L., Menares, V. & Saavedra, P. (2021). Reinações de Narizinho en español, una propuesta: proyecto chileno de traducción y análisis comparativo de traducción latinoamericanas. Cadernos de Tradução, 41(2), 221-246. https://doi.org/10.5007/2175-7968.2021.e80878
Lispector, C. (2022). Todos los cuentos. (Trad. P. Abramo). Fondo de Cultura Económica.
Lobato, M. (2019). Reinações de Narizinho. Companhia das Letrinhas (trabajo original publicado en 1931).
Lobato, M. (2020). Las travesuras de Naricita. (Trad. L. Goellner, P. Saavedra & V. Menares). Ediciones Universidad Católica de Chile.
Steiner, G. (1998). After Babel: Aspects of language and translation. Oxford University Press.
Ziberman, R. (2020). Prólogo. Las travesuras de Naricita. (pp. 99-110). Ediciones Universidad Católica de Chile.

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Copyright (c) 2025 Universum (Talca)
